Miomas uterinos e fertilidade: quando interferem e como tratar

Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica como os miomas uterinos podem impactar a fertilidade e quais são as opções de tratamento.
Tuvok Nilo Saturn By Tuvok Nilo Saturn
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Assim como explica Oluwatosin Tolulope Ajidahun, os miomas uterinos, tumores benignos formados por tecido muscular e fibroso, são extremamente comuns na vida das mulheres, principalmente entre 30 e 50 anos. Embora muitos miomas não causem sintomas ou repercussões significativas, sua presença pode, em algumas situações, interferir na fertilidade e na evolução da gestação. A avaliação criteriosa da localização, tamanho e quantidade dos miomas é fundamental para decidir se é necessário intervir, sobretudo em mulheres que desejam engravidar.

Tipos de miomas e seus impactos na fertilidade

Os miomas podem se localizar em diferentes camadas do útero. Os subserosos crescem na parte externa do órgão e, geralmente, não afetam a fertilidade. Já os intramurais, situados na espessura da parede uterina, podem alterar a contratilidade do útero e dificultar a implantação embrionária, especialmente quando atingem grandes dimensões. No entanto, são os miomas submucosos, que crescem para dentro da cavidade uterina, os mais associados à infertilidade, pois podem distorcer o endométrio, prejudicar a fixação do embrião e aumentar o risco de abortos espontâneos.

Tosyn Lopes frisa que mesmo miomas pequenos, quando submucosos, podem ser relevantes clinicamente, pois modificam o ambiente uterino de maneira significativa. Além disso, esses tumores podem provocar sangramentos excessivos, dor pélvica e aumento do volume abdominal, sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da mulher.

Diagnóstico e exames recomendados

A identificação dos miomas geralmente se inicia pelo exame ginecológico, que pode revelar aumento do tamanho uterino ou irregularidades na superfície do órgão. Para confirmação, a ultrassonografia transvaginal é o método mais utilizado, permitindo avaliar a localização, o número e as dimensões dos miomas. Em alguns casos, exames mais detalhados, como a histeroscopia ou a ressonância magnética pélvica, são necessários para visualizar alterações na cavidade uterina ou planejar uma eventual cirurgia.

Conforme relata Oluwatosin Tolulope Ajidahun, a histerossalpingografia também pode fornecer informações importantes, sobretudo quando há suspeita de alterações na cavidade uterina ou nos óstios tubários, que possam interferir na fertilidade. A definição do impacto do mioma na capacidade reprodutiva depende da análise integrada de todos esses exames, além da história clínica da paciente.

Saiba com Oluwatosin Tolulope Ajidahun quando os miomas representam um obstáculo à gestação e como superá-los.
Saiba com Oluwatosin Tolulope Ajidahun quando os miomas representam um obstáculo à gestação e como superá-los.

Quando é necessário tratar os miomas

Nem todos os miomas exigem tratamento, especialmente se forem pequenos, assintomáticos e não interferirem na anatomia uterina. No entanto, mulheres com miomas submucosos ou intramurais volumosos que provocam sintomas ou dificultam a gravidez devem ser avaliadas para tratamento cirúrgico. A histeroscopia cirúrgica é indicada para remoção de miomas submucosos, sendo um procedimento minimamente invasivo com boa recuperação e impacto positivo sobre a fertilidade.

Tosyn Lopes observa que, em casos de miomas maiores ou localizados profundamente na parede uterina, a miomectomia abdominal ou laparoscópica pode ser necessária. Embora esses procedimentos aumentem as chances de gravidez futura, é importante considerar que cirurgias uterinas podem gerar aderências ou enfraquecer a parede do útero, exigindo atenção especial durante futuras gestações.

Miomas e tratamentos de reprodução assistida

De acordo com Oluwatosin Tolulope Ajidahun, para mulheres que precisam recorrer à reprodução assistida, a presença de miomas, sobretudo submucosos, pode reduzir as taxas de sucesso nos tratamentos, como a fertilização in vitro (FIV). Nesses casos, a remoção prévia dos miomas é recomendada para melhorar as taxas de implantação embrionária e diminuir o risco de perdas gestacionais.

Tosyn Lopes comenta que o manejo dos miomas deve sempre ser individualizado, levando em conta o desejo reprodutivo da mulher, seus sintomas e as características anatômicas dos tumores. O avanço das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e a evolução da medicina reprodutiva oferecem novas perspectivas para mulheres que sonham com a maternidade, mesmo diante da presença de miomas uterinos. Assim, uma abordagem personalizada é a chave para alcançar resultados positivos tanto na saúde quanto na fertilidade feminina.

Autor: Tuvok Nilo Saturn

As imagens divulgadas neste post foram fornecidas por Oluwatosin Tolulope Ajidahun, sendo este responsável legal pela autorização de uso da imagem de todas as pessoas nelas retratadas.

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