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Mais de 22 mil quilombolas vivem no RN, aponta Censo do IBGE

O Rio Grande do Norte tem 22.384 quilombolas vivendo no território potiguar, segundo dados do Censo de 2022 divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE.

Ao todo, as pessoas estão espalhadas por 53 cidades, o que representa cerca de 31% do total de 167 municípios potiguares.

Os dados são inéditos, já que foi a primeira vez que o Censo incluiu no questionário perguntas para identificar pessoas que se autodenominam quilombolas.

Do total de quilombolas no RN, a maioria – 84% ou 18.939 pessoas – vivem fora de territórios quilombolas oficialmente delimitados. Já 3.445 (16%) vivem em territórios oficialmente delimitados.

Segundo o Censo do IBGE, o município do RN que conta com maior número de quilombolas é Ceará-Mirim, onde vivem 2.071 pessoas – o que representa 2,6% da população de 79.115 pessoas na cidade.

Proporcionalmente, porém, a cidade de Portalegre é quem mais tem quilombolas, com 18,4% da população local. Ao todo, são 1.399 quilombolas para uma população de 7.601 no município.

Bodó, Pureza e Georgino Avelino, por sua vez, foram cidades que registraram apenas uma pessoa quilombola. Outras 114 cidades do estado não tem nenhum quilombola, segundo o Censo.

A capital Natal tem 1.139 quilombolas, o que representa 0,15% da população.

Quilombolas
Historicamente, os quilombos eram espaços de liberdade e resistência onde viviam comunidades de pessoas escravizadas fugitivas entre os séculos XVI e XIX. Cem anos depois da abolição da escravidão, a Constituição de 1988 criou a nomenclatura “comunidades remanescentes de quilombos” — expressão que foi sendo substituída pelo termo “quilombola” ao longo dos anos.

Uma pessoa que se autodetermina quilombola tem, portanto, laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive.

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