Escolher entre Lucro Real e Lucro Presumido é uma das decisões mais relevantes para a saúde financeira de qualquer empresa. Para Guilherme Guitte Concato, a análise correta começa pelo entendimento do modelo de receita, da margem de lucro, do perfil de custos e do grau de organização contábil. Embora ambos os regimes tenham regras claras, a vantagem competitiva surge quando o gestor cruza dados de faturamento, variação de despesas e riscos setoriais.
Além disso, o porte da empresa, o nível de crédito tributário e a sazonalidade influenciam diretamente a melhor opção. Portanto, não existe “melhor regime” universal; existe o regime mais adequado à sua realidade operacional. Com método, previsibilidade e controle, a escolha se torna técnica e defensável. Desvende ainda mais sobre esse assunto a seguir:
Lucro real x lucro presumido: fundamentos para decidir com segurança
O Lucro Real apura IRPJ e CSLL sobre o lucro contábil ajustado, permitindo compensar prejuízos fiscais, aproveitar créditos e dedutibilidades com maior precisão. Já o Lucro Presumido aplica percentuais pré-definidos sobre a receita bruta para presumir a base de cálculo, simplificando a apuração e reduzindo a complexidade burocrática. Assim, empresas com margens voláteis ou baixas tendem a se favorecer do Lucro Real, enquanto operações estáveis e com custos previsíveis podem encontrar eficiência no Presumido.
No plano prático, a natureza do negócio pesa. Serviços intelectuais de alta margem e baixo custo fixo, por exemplo, podem se ajustar bem ao Presumido, desde que não percam créditos relevantes de PIS/COFINS. Indústrias e varejos com cadeias longas, por sua vez, costumam capturar valor no Lucro Real via não cumulatividade e deduções. De acordo com Guilherme Guitte Concato, a combinação de trilhas de auditoria, conciliações e BI fiscal reduz incertezas e expõe o regime que preserva caixa.

Impacto em caixa, margem e risco fiscal
O efeito no caixa é imediato e recorrente. No Lucro Presumido, a previsibilidade das bases simplifica projeções mensais, ainda que possa gerar pagamento de imposto em meses de margem apertada. No Lucro Real, a apuração acompanha o resultado: se a empresa lucra menos, paga menos; se tem prejuízo, pode compensar no futuro, preservando liquidez. Além disso, o Real costuma exigir escrituração mais robusta, porém abre portas para planejamento tributário lícito e melhor defesa em fiscalizações.
Quanto à margem, é essencial simular cenários. Empresas com contratos indexados, sazonalidade e custos voláteis tendem a capturar eficiência no Real, pois fazem o imposto refletir a realidade econômica. Já operações com markups constantes podem preferir o Presumido para reduzir esforço operacional. Como evidencia Guilherme Guitte Concato, o mapeamento de centros de custo, a acurácia do estoque e a gestão de despesas dedutíveis elevam a vantagem do Lucro Real.
PIS/COFINS, compliance e governança de dados
PIS/COFINS é um divisor de águas. No regime não cumulativo, corriqueiro no Lucro Real, a empresa pode se creditar de insumos e reduzir a carga efetiva conforme a estrutura de custos. No cumulativo, usual no Presumido, a alíquota nominal é menor, porém sem créditos, o que pode ser oneroso para quem tem cadeia de insumos relevante. Assim, o desenho operacional e a matriz de compras fazem diferença. Para empresas intensivas em matéria-prima, energia e serviços tomados, os créditos do Real costumam pesar a favor.
Compliance também diferencia resultados. O Lucro Real exige controles robustos, reconciliações periódicas e documentação técnica para sustentar créditos e ajustes. Sem essa disciplina, o risco de autuação cresce. O Presumido, ainda que mais simples, pede atenção às bases de cálculo, receitas não operacionais e eventuais exclusões. Na visão de Guilherme Guitte Concato, dashboards de indicadores fiscais, checklists de fechamento e políticas de arquivos garantem rastreabilidade e reduzem contingências.
A melhor escolha é aquela que reflete a realidade do seu negócio
Em síntase, no embate lucro real x lucro presumido, o vencedor é o regime que traduz com fidelidade a dinâmica econômica da sua operação. Avalie margens, volatilidade, estrutura de custos, créditos potenciais, capacidade de compliance e metas de crescimento. Simulações com dados históricos e projeções conservadoras revelam o caminho mais vantajoso. Segundo Guilherme Guitte Concato, a decisão técnica, amparada por governança e evidências, protege o caixa e fortalece a competitividade.
Autor: Tuvok Nilo Saturn