Conforme informa o entendedor Maurício Cerginer, as políticas urbanas desempenham um papel fundamental na moldagem do mercado imobiliário de qualquer país. Em Portugal, a crescente pressão populacional, os investimentos externos e o desenvolvimento econômico têm levado a um aumento significativo da demanda por imóveis. Nesse contexto, as políticas urbanas vêm sendo ajustadas para regular e direcionar esse crescimento
Mas como essas políticas estão impactando o mercado português? Entenda tudo sobre o assunto agora!
Como as políticas urbanas influenciam a valorização dos imóveis?
As políticas urbanas são responsáveis por definir o planejamento territorial, o zoneamento e os limites de construção nas cidades. Em Portugal, o aumento da valorização dos imóveis está diretamente ligado às regulamentações que limitam ou expandem as áreas edificáveis. As regiões metropolitanas, como Lisboa e Porto, são exemplos claros de como a escassez de terrenos disponíveis para construção tem pressionado o aumento dos preços.
Ademais, as políticas de incentivo à reabilitação urbana, como o programa “Reabilitar para Arrendar”, estimulam a recuperação de imóveis antigos, promovendo a revitalização de bairros e elevando o interesse por imóveis localizados nesses pontos. Como comenta Maurício Cerginer, essas medidas fazem com que os imóveis se valorizem, atraindo novos investidores e aumentando o interesse por propriedades em regiões urbanas.
Quais são as estratégias para controle do mercado imobiliário em Portugal?
Para equilibrar o crescimento do mercado imobiliário, o governo português tem adotado diversas estratégias, como a imposição de impostos sobre propriedades desocupadas, o aumento da fiscalização sobre especulação imobiliária e a limitação na concessão de créditos para financiamento de imóveis. Por exemplo, o IMT (Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis) foi recentemente ajustado para desincentivar as transações de imóveis por especuladores.
Segundo Maurício Cerginer, as políticas de construção sustentável têm ganhado força, promovendo a criação de empreendimentos mais ecológicos e que atendem a padrões de eficiência energética, o que impacta a decisão de compra dos consumidores. O foco nessas políticas visa garantir um desenvolvimento imobiliário que seja mais sustentável, acessível e alinhado às necessidades atuais das cidades.
Como as políticas afetam o acesso à moradia em Portugal?
A acessibilidade à moradia tem sido uma questão central no mercado imobiliário português, e as políticas urbanas desempenham um papel crucial nessa equação. Como alude Maurício Cerginer, as restrições na construção de novas unidades habitacionais e o aumento das exigências para a obtenção de licenças de construção estão impactando diretamente a oferta de imóveis, tornando-os menos acessíveis para grande parte da população.
Outrossim, as políticas de venda de imóveis para estrangeiros, como o regime Golden Visa, têm gerado controvérsias ao incentivar a especulação e elevar ainda mais os preços, dificultando o acesso à moradia para os portugueses. Por outro lado, iniciativas como o Programa Porta 65, que oferece incentivos para jovens comprarem suas primeiras casas, buscam mitigar esse problema, oferecendo alternativas para tornar a casa própria mais acessível.
Conclui-se assim que as políticas urbanas exercem um impacto profundo sobre o mercado imobiliário em Portugal, moldando tanto o cenário de valorização quanto o acesso à moradia. De acordo com o conhecedor do assunto, Maurício Cerginer, o impacto dessas políticas no mercado imobiliário continuará sendo objeto de debate e transformação, à medida que Portugal busca alinhar crescimento econômico com qualidade de vida para seus cidadãos.
